Há algumas semanas venho acompanhando o programa Ídolos da Tv Record, e andei fazendo umas análises sobre as formas que o programa vem tomando. E é claro que eu sei que tudo não passa de mais uma brincadeira televisiva, até porque raramente vemos um cantor formar uma carreira sólida saindo de programa de calouros. O que se torna uma pena já que os artistas são muito bons. Mas o que leva esses cantores a se submeterem a esse tipo de programa? Qual a vantagem de levar no currículo a participação num programa de tv? É um pouco revoltante o apresentador, Rodrigo Faro, na forma como ele fala ao eliminar um candidato: “...E o sonho de se tornar um ídolo acaba agora para...” Como assim? Desde quando um minuto e meio é o suficiente pra mostrar talento sabendo que nos 30 primeiros segundos da música é só nervosismo? Para mim isso não é ruim para o programa, amanha aparecerão outros candidatos melhores ou piores. O ruim é para o Brasil, principalmente para os jovens que acabam tendo isso como referência "artística".É muito simples tentar me calar falando para eu mudar de canal, mas não dá pra ter uma posição cômoda diante disso.
Já repararam que o teste de canto aconte apenas nas fazes das audições? Do teatro adiante vira concurso de beleza e como o padrão da tv brasileira todo mundo já sabe qual é... Não dá para achar coincidência os candidatos Agnes, Tamires e Romero, negros e provavelmente de origem simples ficarem entre os menos votados da semana. E essa não é a primeira vez que isso acontece, quem não se lembra de Raquel Soares e Júlio Cesar em outras edições? Luiz Calainho diz também que o Brasil foi justo nas decisõese que ele está muito feliz, mas será que é o Brasil mesmo que decide?
A postura dos jurados é de um equívoco enorme, um exemplo disso é o Luiz Calainho falar que a cantora Agnes estava insegura e desafinou na sua última apresentação no dia 10 de agosto que inclusive foi eliminada. LÓGICO QUE NÃO, meu caro! Ela semitonou, isso é meio tom acima ou meio tom abaixo do que ela deveria alcançar em alguma frase, eu considero semitonar às vezes um charme para alguns cantores, não devemos esquecer que são seres humanos que estão cantando. O cantor Romero é o que mais apresenta uma propoesta honesta dessa edição, ele carrega o samba no sangue. Mas a jurada Paula Lima (a grande contradição dessa situação) diz que quer ver o verdadeiro Romero, sendo que a produção do programa que dita o tema semanal para o repertório dos mesmos.
O jurado Marco Camargo diz que prioriza a escolha do repertório ressaltando que os candidatos devem cantar músicas conhecidas, de sucesso recente, mas quando Chay Suede considerado o galã do programa escolhe cantar música da década de 60 ele diz que foi uma escolha inteligente. Logo vemos que não é só a contradição, mas também que eles querem julgar algo de que eles nem entendem ou querem que as pessoas acreditem que entendem algo de musica com exceção da Paula Lima. O programa Ídolos dá asas ao preconceito com a musica negra como samba e o soul que são importantes para a cultura brasileira e dá vagas aos Sertanojos Universiotários (o grande vírus da música hoje). Trágica situação...
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