quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Resenha do novo disco do Snorks "Tempo Zero"

(@hendsonsantana #Playnow, CD em mãos)


"Gravado entre Maio e junho de 2010 na Casa Fora Do Eixo, gravado e produzido por Estevan Campos, com apoio cultural de Cubo Card e sindicatto Cultural Extremo Oeste." Essa é a ficha técnica disponivel no verso da capa.

Titulado Tempo Zero o disco teve um ótimo resultado, um show de criatividade e um bom trabalho de composição mais especificamente em "Game over", que para mim é que mais representa o disco, ela trás todas as características para definir o Snorks pelas batidas e linhas de guitarra são o que mais me lembram outras épocas da banda. Outra música que me chama atenção é "This All Days". A única faixa inglês do disco, não entendi bem essa escolha, pelo menos é a faixa que eu menos tenho problema para entender o vocal, essa música é a melodia feliz do Punk Rock, é o campo harmônico que dá certo e todos dormem contentes, é a que eu mais gosto de ouvir e acho que vou cantá-la muito nos shows. A sensação que eu tive é que a banda está bastante confiante em relação a composição, muito legal a sintonia em algumas musicas que podem ser bem perceptíveis inclusive, uma energia que nos dá impressão de estarmos ao vivo com os caras. Antes, ouvia muitos questionamentos sobre as vozes de Felipe Dandolini e sua forma de execução, mas parando pra analizar digo que não trocaria essa forma, a voz dele acaba sendo muito pessoal, as vezes não muito audível, mas quando escuto, sei que é o Snorks e para mim isso basta. Na minha opinião Felipe tem licença poética para desafinar no disco, talvez para alguns soe como desculpa de amador, ou que eu esteja ignorando um bom senso musical, mas acho que para quem for ouvir as musicas e sentir de verdade vai saber do que eu estou falando, tem mais haver com feeling do que só técnica. É incrivel também como a guitarra (de Mikhail Favalessa) e a bateria (de Edson Santana) conseguem se sofisticar em um estilo que era conhecido pelos famosos "três acordes". E "A Barreira" é a prova disso, a sintonia, os instrumentos trabalhando juntos, Mikhail e Edson juntos é igual "2+2=4", fórmula exata. Não podemos deixar de falar da versão quase antologica de "Fome" (música da extinta banda Dona Lua de Cuiabá) que ficou foda, da orgulho falar de Rock cuiabano, para quem conheceu Dona Lua deu pra matar a saudade e ao mesmo tempo curtir uma nova obra elaborada pelos caras. Faltou falar ainda de "Duelo". E como poderia esquecer? rsrs. Fiquei feliz por deixar uma marquinha nesse CD tocando teclado, e mais feliz ainda por ser essa música, pois gostei desde o começo quando Edson me mostrou a proposta dela. Quando ouvi essa musica pronta quase chorei (quase? rsrs), mas enfim, penso que não se trata de uma música Emo como muitos poderão denifir, mas sim de uma mensagem que faltava pra criar uma variação atmosferica no disco, algumas vezes vale a pena investir na poesia como prioridade e deixar a "quebraceira" um pouco de lado. E a inserção de uma voz feminina muito bem feita inclusive pela Gabriela Di Grecco foi primordial pra esse contraste. Espero ter conseguido colocar bem minhas opniões sobre o disco do Snorks que gostei pra caramba e quem for ouvir vai se deparar com um bom exemplo de entrosamento e boa música. Lembrando que "Tempo Zero" está sendo distribuido pela Cubo Discos e pode ser ouvido no myspace da banda http://www.myspace.com/snorksmt

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